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2012 - Livro Vermelho 2013

Seemannia sylvatica (Kunth) Hanst. NT

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 04-04-2012

Criterio:

Avaliador: Solange de Vasconcellos Albuquerque Pessoa

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie de ampla distribuição (EOO=622.071,72 km²), porém comAOO estimada em apenas 40 km², o que justifica sua restrição deocorrência a áreas próximas a beira de rios, riachos ou cachoeiras. Suassubpopulações estão sujeitas a eventos estocásticos, como por exemplo aocorrência de cabeças d?água que alteram a vegetação associada às margens derios. O monitoramento da ocorrência desse evento é necessário a fim de evitarque a espécie configure em categoria de ameaça em um futuro próximo.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Seemannia sylvatica (Kunth) Hanst.;

Família: Gesneriaceae

Sinônimos:

  • > Gloxinia sylvatica ;
  • > Seemannia regnelliana ;
  • > Achimenes albescens ;
  • > Gesneria sylvatica ;
  • > Gesneria oxyphylla ;
  • > Fritschiantha sylvatica ;
  • > Fritschiantha benaryi ;
  • > Fritschiantha cuneata ;
  • > Fritschiantha sylvatica var. aurea ;
  • > Fritschiantha sylvatica var. coccinea ;
  • > Seemannia albescens ;
  • > Seemannia benaryi ;
  • > Seemannia cuneata ;
  • > Seemannia latifolia ;
  • > Seemannia ternifolia ;
  • > Seemannia uniflora ;
  • > Fritschiantha uniflora ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Conhecida por semânia, siníngia ou gloxínia (Leal; Biondi, 2007). Descrição da espécie em Chautems (2003)

Dados populacionais

Faria (2007) acompanhou a fenologia da reprodução para 20 indivíduos em 6.000 m² de unidade amostral em uma fazenda na Serra da Bodoquena, MS (Faria, 2007; Faria; Araújo, 2010). Não há dados de tamanho do fragmento.

Distribuição

Espécie não endêmica do Brasil, ocorrendo nas regiões Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul) e Sudeste (Minas Gerais, São Paulo) (Araujo; Chautems, 2010). Essa espécie é encontrada também no Peru (Kvist, 2005), Equador, Bolivia e Paraguai (Chautems, 2003)

Ecologia

Planta herbácea (Faria, 2007), de 20 a 35 cm de altura (Leal; Biondi, 2007), ou de 5 a 30 cm de altura, rizomatosa e terrestre (Chautems, 2003). Geralmente, quando é plantada a pleno sol, seu tamanho é de até 20 cm de altura, já quando plantada a meia-sombra, pode ter altura superior a 50 cm (Leal; Biondi, 2007). Floresce de fevereiro a novembro (Chautems, 2003) ou de abril a agosto e é polinizada por beija-flores (Faria, 2007; Faria; Araújo, 2010). Na Serra da Bodoquena (MS) essa espécie é visitada de forma legítima por Phaetornis pretrei e pilhada por fêmeas de Thalurania furcata (Faria, 2007; Faria; Araújo, 2010). Essa espécie ocorre em Cerrado (Araujo; Chautems, 2010), havendo registro para mata ciliar (Faria, 2007).

Ações de conservação

5.7 Ex situ conservation actions
Situação: on going
Observações: Registro de cultivo da espécie (http://www.gesneriads.ca/gloxin17.htm; acesso em 12/7/2012).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Em perigo" (EN), segundo a Lista vermelha da flora de Minas Gerais(COPAM-MG, 1997).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Em perigo" (EN), segundo a Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP,2004). Considerada espécie-alvo para a conservação no Estado de São Paulo (Rodrigues et al., 2008).

Usos

Referências

- RICARDO CRIVANO ALBIERI. Contribuições Didáticas Para O Curso De Agropecuária Orgânica Do Colégio Técnico Da Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro: Floricultura Orgânica Em Agroecossistemas. Dissertação de Mestrado. Soropédica, RJ: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2005.

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- BIERHORST, D. W.; ZAMORA, P. M. Primary Xylem Elements And Element Associations Of Angiosperms. American Journal of Botany, v. 52, n. 7, p. 657-710, 1965.

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- ROGÉRIO R. FARIA. Fenologia De Floração E Polinização De Espécies Ornitófilas Na Serra Da Bodoquena, Mato Grosso Do Sul, Brasil. Dissertação de Mestrado. Campo Grande, MS: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, 2007.

- FARIA, R. R.; ARAÚJO, A. C. Flowering Phenology And Pollination Of Ornithophilous Species In Two Habitats Of Serra Da Bodoquena, Mato Grosso Do Sul, Brazil. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 82, n. 4, p. 843-855, 2010.

- KVIST, L. P.; SKOG, L. E.; AMAYA-MÁRQUEZ, M.; SALINAS, I. Las Gesneriáceas de Perú. Arnaldoa, v. 12, n. 1-2, p. 16-40, 2005.

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- RODRIGUES, R. R.; JOLY, C. A.; BRITO, M. C. W., ET AL. Diretrizes Para A Conservação E Restauração Da Biodiversidade No Estado De São Paulo. São Paulo, SP: Secretaria do Meio Ambiente, Instituto de Botânica, FAPESP, 2008. 250 p.

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- ARAUJO, A. O.; CHAUTEMS, A. Gesneriaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB000119>. Acesso em: 9/7/2012.

- CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL, MINAS GERAIS. Deliberação COPAM n. 85, de 21 de outubro de 1997. Aprova a lista das espécies ameaçadas de extinção da flora do Estado de Minas Gerais, Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, Diário do Executivo, Belo Horizonte, MG, 30 out. 1997, 1997.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

Como citar

CNCFlora. Seemannia sylvatica in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Seemannia sylvatica>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 04/04/2012 - 19:37:41